Professora da UCSal diz ter sofrido intolerância religiosa em formatura

Foto: Agência Tarde


Por Francisco Artur*

A advogada Cláudia Viana processa, por intolerância religiosa, a casa de eventos Moriah Hall e a empresa de entretenimento 3º Grau. A primeira audiência está marcada para esta quinta-feira, 11, na 7ª Vara dos Juizados Cíveis do Fórum do Imbuí.

A vítima, professora da Universidade Católica de Salvador (Ucsal), alega que, durante a colação de grau do curso de direito da instituição, foi impedida por um funcionário da empresa 3º Grau de presentear um formando com uma imagem de Nossa Senhora Aparecida.

A justificativa dada à professora, que era paraninfa da turma, foi a de que a casa de eventos Moriah Hall não aceitava a exibição de “algumas” imagens religiosas. O local pertenceria ligação com uma igreja evangélica.

“Me senti constrangida com a atitude da casa de festas e dos organizadores”, contou Cláudia, indignada. Além de ser impedida de presentear a formanda, a paraninfa também diz ter sofrido censura dos operadores de som.

“Desligaram meu microfone quando citei o médium espírita Chico Xavier durante meu discurso”. Cláudia disse que, ao terminar de falar, o áudio voltou ao normal.

“Fui vítima de intolerância religiosa. Por ser um espaço comercial, a empresa Moriah Hall não pode cercear o direito fundamental da livre manifestação religiosa”, disse Cláudia. Na Justiça, ela pede que, além de pagar por danos morais, as empresas respeitem a “livre manifestação de crenças”.

Empresas

Procurada pela equipe de reportagem de A TARDE, a empresa de entretenimento 3º Grau alega que, no episódio envolvendo a advogada Cláudia Viana, teve de seguir ordens contratuais da casa de eventos Moriah Hall. A empresa se defende das acusações de intolerância, ao afirmar que “respeita a liberdade religiosa”.

A TARDE obteve o telefone de contato da empresa Moriah Hall junto à Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), onde o espaço de eventos está localizado.

Até o fechamento desta edição, ninguém na empresa atendeu às diversas chamadas telefônicas.

* Sob a supervisão do editor- -coordenador Luiz Lasserre

FONTE: Jornal A Tarde em 11/05/2017

Representantes de casa de eventos não vão audiência

Por Francisco Arthur

Representantes da casa de eventos Moriah Hall não compareceram à primeira audiência judicial no Fórum Regional do Imbuí, ontem, sobre o caso de intolerância religiosa contra a professora universitária Cláudia Viana.

Com isso. a empresa que pertence à Primeira Igreja Batista do Brasil foi declarada revel (parte que, citada legalmente, deixa de comparecer em, juízo).

Sob essa condição, a Moriah Hall pode perder o direito à defesa na próxima audiência, que ainda não tem data marcada.

Além da casa de festas, a vítima processou a empresa 3. Grau, que organiza festas de formatura. Cláudia Viana diz que a empresa foi conivente às práticas "intolerante de Moriah".

Já a defesa da 3. Grau alegou que foi condicionada a cumprir normas contratuais estabelecidas pela casa de festas.

O caso

A professora da Universidade de Católica de Salvador (Ucsal), Cláudia Viana conta que atuava como paraninfa de uma forma realizada no espaço Moriah, quando foi impedida de presentear uma aluna com a imagem de Nossa Senhora Aparecida,

Cláudia ainda relata que foi silenciada  pela organização do espaço, enquanto discursava palavras do líder espírita  Chico Xavier.

FONTE: Jornal A Tarde em 12/05/2017

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