Ato ecumênico refletirá sobre Intolerância Religiosa


O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, 21 de janeiro, será celebrado em Salvador, com um ato ecumênico realizado no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O evento, que é resultado do projeto “Unidos Contra a Intolerância Religiosa”, elaborado através da parceria entre a Ouvidoria da Câmara Municipal de Salvador, o Centro de Educação e Cultura Popular (Cecup) e a União de Negros pela Igualdade (Unegro), acontecerá no sábado (21/01), às 9h.
O projeto, que conta com o apoio do Governo do Estado, da Fundação Cultural Palmares, do Ministério Público Estadual (MPE) e Federal (MPF-BA), e da Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro (Fenacab), prevê ainda a veiculação de uma campanha publicitária com o objetivo de promover o respeito à diversidade religiosa. A divulgação será feita através de outdoors e de chamadas em emissoras de rádio durante toda a segunda quinzena de janeiro.
No dia da culminância do projeto, participantes de diversas matrizes religiosas se encontrarão na Reitoria da UFBA para uma manhã de celebração e reflexão sobre o tema. Autora do Projeto de Lei que instituiu o 21 de janeiro, como Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa, a ouvidora-geral da Câmara, vereadora Olívia Santana (PCdoB), defende a iniciativa e ressalta a importância da celebração. “A luta contra a intolerância religiosa é diária. Mas, a demarcação de um dia é também muito importante para que o assunto seja colocado em discussão. Esta data carrega um enorme simbolismo para aqueles que lutam pela liberdade religiosa. 21 de janeiro foi o dia em que Mãe Gilda deixou de estar conosco, mas é também o dia em que nos tornamos mais fortes para enfrentar esta terrível mazela”, declarou Olívia.
A vereadora esclarece que o projeto, que envolve a veiculação da campanha publicitária e o ato ecumênico, tem como principais objetivos o estabelecimento do diálogo entre as religiões, a promoção do respeito à diversidade religiosa e a liberdade de credo, além da afirmação da laicidade do Estado. “O resultado que se espera de uma ação como essa, é de que mais um passo seja dado para a superação da intolerância religiosa. Que se possam estabelecer relações respeitosas e harmoniosas entre as religiões, e que avancemos democraticamente na afirmação do Estado laico”, pontuou Olivia.
Data relembra morte de Yalorixá baiana
O Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa foi oficializado pela Lei nº 11.635, em 2007. A data homeageia a sacerdodisa Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda. Ialorixá do terreiro Axé Abassá de Ogum, em Salvador, Mãe Gilda morreu de enfarte, após ver sua foto publicada no jornal de uma igreja evangélica, acompanhada de texto depreciativo. Semanas antes, o terreiro de Mãe Gilda fora invadido por evangélicos. A igreja, responsável pela publicação do periódico, foi condenada a indenizar a família da ialorixá.
Serviço
O quê: Realização do projeto “Unidos Contra a Intolerância Religiosa”; 
Promoção: Ouvidoria da Câmara Municipal de Salvador, Centro de Educação e Cultura Popular (Cecup) e União de Negros pela Igualdade (Unegro)
Quando: Ato Ecumênico, sábado (21/01), às 9h; veiculação da campanha publicitária, durante a segunda quinzena de janeiro;
Onde: Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia. Rua Augusto Viana, s/n, Canela
(com informações do Centro de Educação e Cultura Popular - CECUP)
FONTE: Conexão Futura em 17/01/2012

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