Jovens participam de III Seminário Municipal de Juventude de Terreiros de Teresina
Entre os dias 20 e 22 de abril, jovens de terreiros se encontrarão para o III Seminário Municipal de Juventude deTerreiros de Teresina, na capital do estado do Piauí, região Nordeste doBrasil. O evento, organizado pelaAssociação Santuário Sagrado Pai João de Aruanda (Aspaja), ocorrerá na sede dasObras Kolping (Quadra 168, 3978 – Dirceu Arcoverde II) com a presença de jovensde 150 terreiros de Teresina e convidados de outros estados e municípios.
Deacordo com Pai Rondinele de Oxum, responsável pela Aspaja e presidente da RedeEstadual de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde do Piauí, a expectativa é quecerca de 200 jovens entre 16 e 30 anos participem do seminário. “O objetivo édiscutir políticas públicas para a juventude de terreiro, como saúde, geraçãode emprego e renda, e educação”, comenta.
Além de integrantes de terreiros, o evento contará com a presença de representantesdos governos municipal, estadual e federal para discutir questões comohanseníase nos terreiros, intolerância religiosa, violência contra a juventude,programas e projetos de geração de emprego e renda para a juventude de Teresina, entre outros.
Aprogramação ainda prevê atividades em grupos de trabalhos divididos em quatrotemáticas: saúde e direitos humanos (Oxum), geração de emprego e renda (Xangô),educação e cultura (Ogum) e intolerância religiosa (Exú).
Segundo Pai Rondinele de Oxum, além de debates e formações, o seminário iráproporcionar uma troca de experiências entre os/as jovens, assim como discutirformas de “como incluir a juventude de terreiro na política de juventude”. Paraele, “a juventude de terreiro é excluída do processo de formação e da política”.Ao final do seminário, os/as participantes redigirão uma “Carta de Teresina”para entregar ao governo do estado e do município as reivindicações dos jovens.
PaiRondinele de Oxum considera como principais demandas da juventude de terreiroos aspectos relacionados à saúde e à educação. “A maioria dos jovens que vivenos terreiros são pessoas que estão fora da sala de aula”, afirma, destacandoque muitos abandonam a escola por conta de preconceitos que sofrem devido àintolerância religiosa.
Outras demandas estão relacionadas ao emprego – como incentivo à geração de emprego erenda, como práticas voltadas ao cooperativismo e ao associativismo – e àsaúde, principalmente ações de combate ao fumo e ao alcoolismo no terreiro.
Para saber mais informações sobre o seminário, consulte: http://aspajapi.blogspot.com.br/
FONTE: Jornal Correio do Brasil em 18/04/2012
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