Pastor Rubens Teixeira participa de debate sobre Estado laico

Em um debate promovido na quarta-feira (22) no programa Painel em Debate, da rádio Roquete Pinto, uma das mais antigas do Rio de Janeiro, o babalorixá Ivanir dos Santos, presidente da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), voltou a chamar traficantes de evangélicos.

No ano passado Ivanir acusou traficantes de estarem proibindo a celebração dos cultos de origem africana nos bairros Vaz Lobo e Vicente de Carvalho, no Rio de Janeiro. Na época Ivanir afirmou que os traficantes haviam se declarado evangélicos e que estariam invadindo templos dessas religiões para expulsar os fiéis e ameaçar as pessoas que usarem roupa branca.

Na época diversos líderes religiosos criticaram o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por aceitar a denúncia de que os traficantes seriam evangélicos. O Ministério Público chegou a afirmar que iria convocar os pastores e integrantes de religiões afro, das localidades que supostamente estaria ocorrendo o fato, para fazerem um Termo de Ajustamento de Conduta (TACs).

Além do representante umbandista, participaram do debate que tratava sobre Estado Laico e Estado Ateu o pastor Rubens Teixeira, o padre jesuíta Luiz Correia Lima e João Caetano, do grupo Arca, que reúne ateus e agnósticos.

Durante o debate Rubens Teixeira criticou a postura do babalorixá e afirmou que não existe a hipótese de um traficante ser considerado evangélico. O pastor também afirma que o Estado deve tratar todas as religiões da mesma forma.

Teixeira usou como exemplo o argumento citado por Ivanir de que em uma prefeitura havia culto católico e evangélico e não havia representação das religiões afro-brasileiras. Para o pastor se não houve pedido por parte de um membro religioso não há preconceito, mas, por outro lado, se o pedido foi negado existe discriminação religiosa.

No meio do debate Ivanir convidou o pastor Rubens a participar do evento Cantando a Gente se Entende, que ocorreu na sexta-feira (24), em frente ao Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

O evento faz parte da programação para debater a diversidade religiosa. A data é uma homenagem à sacerdotisa do candomblé Gildásia dos Santos. No ano 2000 ela enfartou ao ser acusada de charlatanismo por membros de uma igreja neopentecostal.

Em resposta ao convite o pastor lembrou o babalorixá que a igreja evangélica não é ativista. Para o doutor Rubens existe diferença entre show, ativismo e culto. Ele afirma que a igreja não é dada a fazer ativismo para nada.

“Pode colocar uma novela zombando dos evangélicos e eles não vão para a praça falar disso. Pode fazer uma piada contra os evangélicos que eles não vão para a praça, nem os católicos tem este hábito de fazer ativismo em defesa da sua fé”, esclareceu.

FONTE: Gospel Prime em 27/01/2014



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